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As marcas do diálogo na democracia hodierna: quadros benéficos do discurso e os paradoxos da Comunicabilidade das Figuras Públicas ou Governos no decurso da Era da Informação

Foto do escritor: CERESCERES

Faz-se irrefreável o significado dos discursos, da comunicabilidade e oralidade no campo social, em especificidade para execuções públicas, nos governos hodiernos. São recursos essenciais para expressão de ideias, mobilização de massas e confecção de narrações a fim de gerenciarem e/ou impulsionarem episódios de modificação ou permanências. Vê-se reverberações variadas que angariam apoio populacional, desenvolvem gênese de grupo e influenciam a opinião pública, auferindo cada vez mais espaço pelas redes no online (...)


Os discursos possuem poderio para o molde eficaz de realidades, criando narrações com o desígnio de influenciarem a percepção do povo sobre cenários excepcionais. Nisso, se faz visível que personalidades públicas usam comunicações inspiradoras que expressam visões de mundo, inúmeras vezes com apelos emocionais e/ou disseminação dos valores com similaridade, com palavras que galvanizam mobilizações sociais, impulsionam novas ideações e/ou provocação mudanças “simbólicas” no decurso das sociedades hodiernas.


Agremiações populares, reuniões ou comícios, são cruciais para mobilizarem apoiadores e engajarem o povo no cenário de eleições e/ou reivindicações basilares. Compreende-se que a capacidade da liderança na conexão pública é essencial para impulso nas causas. A eloquência da fala no decurso das campanhas é excepcional para, inclusive, mudarem os cursos do processo da democracia, a fim de que o povo coopere para os elegerem e/ou mesmo colaborarem na execução plena de suas responsabilidades como sociedade civil.


Esses recursos orais desempenham ofício essencial na deliberação da democracia, com a propícia função na disseminação de ideais, com recepção das falas dos diversos públicos, campos da sociedade. Inclusive, no cenário hodierno na qual a polarização é realidade na maioria das esferas do governo, os discursos que exibam racionalidade auxiliam diálogos compreensivos, os que são essenciais a fim de que se confeccione comunicabilidade com consenso, sem exibição de forças ou perversidades no processo sem que haja “vencidos”.


Com a ascensão das mídias sociais, a modelagem dos discursos proferidos, mesmo os recebidos mudou de maneira percebível. No cenário hodierno, as palavras emanadas logo acessam audiências locais-globais, com repercussão nas mídias sociais que ampliam as mensagens designando espaço para que as responda com apoio e/ou repugnação. Essas visualizações influenciam a imagem da figura pública, fazendo com que essas habilidades de comunicação sejam avaliadas, cruciais para carreiras no sucesso ou o seu fracasso (...)


E cabe sim rememoração dos padrões de comunicação na democracia, a fim de que um diálogo pleno seja eficaz das figuras nos governos aos cidadãos, assim como mídias que reverberam as suas comunicabilidades. E nisso, exige-se clareza, a fim de que mensagem seja percebida com facilidade, compreensível, sem o uso de vocabulários inacessíveis e, que confundem o seu público, fazendo com que sua expressão seja pouco percebida. Em visão de que a proximidade geracional promove remodelação das palavras, dos recursos.


Transparência faz-se essencial nas ações, mesmo decisões, a fim de que se confeccione um grau de confiança cidadão, se bem aplicada dispõe de eficácia para que gere apelo. E ademais, demanda-se coerência para que as informações sejam sucessivas, sem novas remodelações ou mudanças que desviem do real desígnio, gerando desconfianças. Ainda, essa mensagem exige relevância para a cidadania, focando nas demandas cruciais que engajem o seu público, propiciando colaboração e feedbacks, sem o espaço unidirecional.


Como habilidades na oralidade, espera-se que comunicadores disponham de devida “sensibilidade” para com as dores e preocupações do povo, moldando proximidade, isso com relação à direcionalidade da mensagem, inclusive, abrangendo os diversos grupos e camadas geracionais da população com linguagem simplificada, concisa, eficaz no canal de comunicação aplicado para alcance de apoiadores e/ou mobilizados. Embora, cabe as noções de responsabilidade pelo que se expressa, no real cuidado às ilusões, ao engano.


E logo, não esconde-se que essas habilidades de comunicação são aplicadas de modo a manipularem massas para “manobrarem” sob seus anseios. Essas figuras públicas com o acesso ao governo, mesmo as que assim aspiram, apelam para o populismo como o viés, dissimulando sobre os medos e pré concepções do público, com desvio do foco das reais preocupações na sociedade. Isso realizado com eficácia nas condições de crise, na qual as desinformações se espalham com facilidade, moldando percepções públicas, decisões.


Nos governos hodiernos pelo globo, essa comunicação evoluiu, visualizando-se cada vez mais novos modelos comunicacionais, com o uso dos recursos no online para criação das conexões, sob o senso de proximidades. E a popularidade dessas mídias sociais exigem com que essas figuras públicas e/ou grupos mobilizadores se adequem às habilidades na flexibilização das ações, a fim de que alcancem gerações diversas, com voz ressoada aos neles mais engajados e aos pouco mobilizados pela modelagem dessa sua readequação.


Enfim, os discursos orais e agremiações diversificadas dispõem de posição de eficácia em governos ou campanhas pré-eleições na hodiernidade, corroborando como o enfoque das mudanças sociais, impulsionando pessoas para os elegerem com recursos aplicados que, deliberam processos na democracia. Embora com desafios, complicações sob relevância, vê-se um breu na manipulação e desinformação (...) O domínio da oralidade e capacidade na comunicação eficaz seguem como habilidades excepcionais para influências públicas.


Em suma, o discurso é um recurso de persuasão, com linguagem empregada para que um público seja convencido sobre suas ideias, visões de mundo. O seu modelo de expressão  reforça ou muda as “bases ideológicas”, dialogando com preocupações e/ou experiências de um grupo, indicando solidariedades e mobilizando ações. A esfera social é o palco dos papéis comunicacionais, promovendo alianças, ausências, acordos e veemências gerais. Como recurso poderoso que une ou divide, que inspira ou desmobiliza, que incomoda (...)



Aline Batista
Aline Batista


  • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - FONTES CONSULTADAS


BRANCO, Viviane P. & DIEZ, Carmen L – Análise do discurso e Formação discursiva. UNIPLAC. disponível em https://educere.bruc.com.br/arquivo/ pdf2017/24702_13047.pdf.


CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. São Paulo: Ática, 2002


MACHADO, Ida L; MENEZES, William; MENDES, Emília. As Emoções no discurso,

Volume 1. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007. P. 240- 251, 2007.


MAINGUENEAU, dominique. discurso e análise do discurso. Tradução de Sírio P... 

São Paulo: Parábola Editorial, 2015.


FOUCAULT, M. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. 

18 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009.


FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. Trad. – Maria Ermantina Galvão. 

São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1999.


ORLANDI, E. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2003.


PIOVEZANI, C. Verbo, corpo e voz: dispositivos de fala pública e produção 

de verdade no discurso político. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

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